terça-feira, 31 de março de 2009

Estudante Trabalhador de Palavras



Hoje, a minha vida são pessoas.
São sensações.
Através da escrita e da leitura mergulho
na profunda humanidade dos seres.
Eu e os Outros. Os Outros e Eu.
Nós.
E a Natureza a sorrir ao fundo, como
um pai que observa o filho enquanto brinca.
Uma fada, uma minhoca, um astronauta
um lírio, uma pauta e muita tinta que pinta
lá dentro onde somos tudo isso e ainda
O Feiticeiro de Oz.
Não trabalho com significados,
trabalho com sentidos. Sentir, exprimir.
Invento espectáculos, invento oficinas.
Vou a espectáculos, vou a oficinas.
Para mim, a escrita e a leitura
são um mapa. Não são o tesouro.
O tesouro somos nós,
a nossa alma de meninos ainda traquinas
a nossa madura capacidade de entrega

à mãe das almas do mundo.




Ligo tudo com tudo: arte, ciência, filosofia, terapia
religião, economia, realidade, fantasia
e um dia... não haverá um Ser Humano

separado, fatia por fatia.

Já sinto o bolo de luz inteiro
como um ovo, o novo

resplandecente...

Mundo Novo.
Por isso sigo o rasto da fada transparente
que abria a boca fininha e soprava
pelo buraco da fechadura
a poesia nasce na raíz da vida e desagua
nas folhas da literatura.

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