sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Ternura!

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Bernardo é quase árvore.

Bernardo é quase árvore.

Silêncio dele é tão alto que os passarinhos ouvem de longe.

E vêm pousar em seu ombro.

Seu olho renova as tardes.

Guarda num velho baú seus instrumentos de trabalho:

um abridor de amanhecer

um prego que farfalha

um encolhedor de rios – e

um esticador de horizontes.

(Bernardo consegue esticar o horizonte usando três fios de teias de aranha. A coisa fica bem esticada).

Bernardo desregula a natureza:

Seu olho aumenta o poente.

(Pode um homem enriquecer a natureza com a sua incompletude?)

Manoel de Barros

Joyce Tenneson










segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Valeu a pena esperar oito anos...



Oiço, oiço e oiço sem parar....

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Fantástico...



Os designers Kim Hyo Jin e Seol Ah Sun, inspirados no delicioso livro de Shell Silverstein " A Árvore Generosa" desenvolveram um produto capaz de extrair água potável a partir da evaporação das folhas das árvores, a que chamaram "Savior Bud".

O Savior Bud é preso na base das folhas e, em quatro horas, absorve o suficiente para um copo de água. A intenção dos criadores é utilizar o produto em locais carentes de estrutura básica, como nos arredores da África por ex.
Como Shell e a sua "Árvore Generosa", continuam a inspirar todos os que o leram e o lêem...

Palavras para quê???




Rêver un impossible rêve
Porter le chagrin des départs
Brûler d'une possible fièvre
Partir où personne ne part
Aimer jusqu'à la déchirure
Aimer, même trop, même mal,
Tenter, sans force et sans armure,
D'atteindre l'inaccessible étoile
Telle est ma quête,
Suivre l'étoile
Peu m'importent mes chances
Peu m'importe le temps
Ou ma désespérance
Et puis lutter toujours
Sans questions ni repos
Se damner
Pour l'or d'un mot d'amour
Je ne sais si je serai ce héros
Mais mon coeur serait tranquille
Et les villes s'éclabousseraient de bleu
Parce qu'un malheureux
Brûle encore, bien qu'ayant tout brûlé
Brûle encore, même trop, même mal
Pour atteindre à s'en écarteler
Pour atteindre l'inaccessible étoile.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Burn it blue



Frida Kahlo
cantada por duas vozes do céu...

Caetano Veloso e LiLa Downs

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

IMPERDÍVEL

BABA YAGA


“Baba Yaga tinha um único dente. E foi provavelmente isso que a tornou tão má.”

Começa assim mais um conto "Baba Yaga" ilustrado por Rebecca Dautremer. O texto é de Tai-Marc e foi publicado em Portugal pela Editora Educação Nacional.

É mais um daqueles livros para crianças que apaixona qualquer um.

O LIVRO NEGRO DAS CORES








Numa tentativa de passar a experiência da cegueira, este livro, da autoria de duas artistas venezuelanas, Menena Cottin (autora) e Rosana Faria (ilustradora) é uma experiência triunfante de leitura. Texto branco em páginas negras, encimado por braille; na página oposta, também negra, as imagens sugeridas pelo texto estão impressas em veniz espessurado, convidando o leitor a tocá-las. (Descodificar as imagens desta forma, propositadamente, é difícil) "O Tomás - começa o narrador - diz que o amarelo sabe a mostarda, mas é suave como as penas dos pintaínhos". Do lado oposto, delicadas penas flutuam pela página. Embora o conceito seja, por si só, cativante, as citações sobre cor revelam Tomás como um personagem de carácter forte. O vermelho "dói", o castanho "estala" e o verde "sabe a gelado de limão". São afirmações vindas de alguém que já meditou bastante sobre o assunto. No entanto, "...o preto é o rei das cores. É suave como a seda quando a mãe o abraça e o envolve com o seu cabelo." Seria um erro entender este livro como uma mensagem sobre a compensação dos outros sentidos na cegueira; essa interpretação não faz justiça a tudo aquilo que o Tomás nos oferece quando saboreia, sente, ouve e cheira as cores.

Publishers Weekly

Uma obra brilhante e para todos, agora em português, é o novo livro da Editora Bruáa


Prémios:
Bologna Ragazzi - New Horizons 2007
New York Times Best Illustrated Books 2008
Booklist Top 10 Art Books 2008
Booklist Editors' Choice - Books for Youth 2008
School Library Journal Best Books of the Year 2008
NCTE Notable Children's Book in the Language Arts 2009
CANIEM 2006
Prémio nacional de las artes gráficas 2006
Benny 2006
Selección SEP Biblioteca de aula 2006

"sempre presente o meu anjo"

2-02-64/25-06-2000

"Foi sem mais nem menos
que um dia selei a 125 azul
Foi sem mais nem menos
que me deu para abalar sem destino nenhum
Foi sem graça nem pensando na desgraça
que eu entrei pelo calor
sem pendura que a vida já me foi dura
p´ra insistir na companhia
o tempo não me diz nada
nem o homem da portagem na entrada da auto-estrada
a ponte ficou deserta nem sei mesmo se Lisboa
não partiu para parte incerta
viva o espaço que me fica pela frente e não me deixa recuar
sem paredes, sem ter portas nem janelas
nem muros para derrubar
talvez um dia me encontre
assim talvez me encontre
curiosamente dou por mim pensando onde isto me vai levar
de uma forma ou outra há-de haver uma hora para a vontade de parar
só que à frente o bailado do calor vai-me arrastando para o vazio
e com o ar na cara, vou sentindo desafios que nunca ninguém sentiu
talvez um dia me encontre
assim talvez me encontre
entre as dúvidas do que sou e onde quero chegar
um ponto preto quebra-me a solidão do olhar
será que existe em mim um passaporte para sonhar
e a fúria de viver é mesmo fúria de acabar
foi sem mais nem menos
que um dia selou a 125 azul
foi sem mais nem menos
que partiu sem destino nenhum
foi com esperança sem ligar muita importância àquilo que a vida quer
foi com força acabar por se encontrar naquilo que ninguém quer
mas Deus leva os que ama
só Deus tem os que mais ama"
125 Azul, Trovante