segunda-feira, 20 de abril de 2009

Para enfrentarmos juntos o terror da morte
Para ver a verdade para perder o medo
Ao lado dos teus passos caminhei
Por ti deixei meu reino meu segredo

Minha rápida noite meu silêncio
Minha pérola redonda e seu oriente
Meu espelho minha vida minha imagem
E abandonei os jardins do paraíso

Cá fora à luz sem véu do dia duro
Sem os espelhos vi que estava nua
E ao descampado se chamava tempo
Por isso com teus gestos me vestiste
E aprendi a viver em pleno vento

Sophia de Mello Breyner Andersen

1 comentário:

joão disse...

Era de uma vez um homem que sonhava, mas os seus irmãos, disso não gostavam, mas foi esse dom, e o dom de os interpretar, que lhe deram a libertação, de uma injusta prisão.